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Perspectivas do pós-pandemia para as academias

Perspectivas do pós-pandemia para as academias

A pandemia tem transformado as nossas vidas de forma significativa. As perdas contabilizadas diariamente aos milhares são, sem dúvida, o impacto mais dolorido. Não há reparação ou recuperação para elas. Dito isso, cabe a nós ter a sabedoria, resiliência e atitude para lidar com tantas mudanças e incertezas que nos impactam simultaneamente em múltiplas frentes…

Perspectivas do pós-pandemia para as academias

A pandemia tem transformado as nossas vidas de forma significativa. As perdas contabilizadas diariamente aos milhares são, sem dúvida, o impacto mais dolorido. Não há reparação ou recuperação para elas.

Dito isso, cabe a nós ter a sabedoria, resiliência e atitude para lidar com tantas mudanças e incertezas que nos impactam simultaneamente em múltiplas frentes das nossas vidas. Empresa fechada, trabalho remoto, crianças em casa, escola online, academia fechada, comida só em casa, familiares e amigos só à distância. Empilhar os pratinhos sem deixá-los cair é a missão de cada dia. Como dizem por aí, quem não está preocupado está desinformado.

Segundo a pesquisa realizada pela IHRSA, intitulada “The COVID Era Fitness Consumer” – que entrevistou mais de mil alunos e ex-alunos de academias nos EUA – 63% se sentem mais estressados do que antes da pandemia.

Entretanto há perspectivas reais de melhora do cenário, visto que a vacinação deve acelerar bastante a partir de abril. Até o final de maio todos os brasileiros com mais de 50 anos deverão estar imunizados. Isso deve reduzir a pressão sobre o sistema de saúde, aliviar significativamente as medidas de restrição de circulação e possibilitar a retomada das atividades econômicas.

Isso representa dias melhores para o nosso mercado fitness, por alguns aspectos:

Luz no fim do túnel

O primeiro deles é o aumento da consciência da população sobre a importância de se manter saudável. Uma velha bandeira erguida pelo nosso setor mas que agora, com a obesidade e as comorbidades ligadas ao sedentarismo potencializando significativamente os sintomas da COVID-19, é assunto diário na mídia.

A pesquisa da IHRSA traz dados interessantes neste sentido:

  • 68% dos entrevistados estão priorizando mais a saúde;
  • 59% está comendo de forma mais saudável;

O exercício físico é a melhor alternativa de combate ao stress, em comparação a outras alternativas citadas pelos entrevistados, como cozinhar, ler e fazer videochamadas com amigos e familiares.

Ainda podemos esperar o ingresso de novos alunos, que não vinham frequentando academia ou praticando exercício físico, buscando as mais diversas ofertas de atividades.

O segundo ponto diz respeito aos aspectos sociais. Embora o exercício em casa seja uma alternativa importante e recomendada dadas as circunstâncias, a interação entre os alunos e professores e o senso de pertencimento são anseios de uma parcela considerável da população, como ratifica a pesquisa realizada pela IHRSA:

  • 42% dos entrevistados sentem falta da interação social
  • 36% sentem falta do senso de comunidade.

Vale lembrar que os entrevistados são americanos ou residentes nos Estados Unidos. Se aplicada no Brasil, podemos imaginar que estes percentuais seriam maiores, dada a característica de povo caloroso que nós brasileiros, de modo geral, temos.

O terceiro aspecto está ligado a qualidade do treino. Treinar em casa, com aplicativos ou aulas virtuais, tem prós e contras.

Aqui cabe abrir um parêntese para ressaltar que a maior parte das tendências do Fitness para 2021 – segundo a pesquisa anual realizada durante os últimos 15 anos pelo American College of Sports Medicine (ACSM) – está diretamente ligada ao momento que estamos vivendo, são elas:

1- Treino online

2- “Tecnologia vestível” – tradução literal para os wearables, como os relógios inteligentes.

3- Treinamento com o peso do corpo

4- Atividades ao ar livre

5- HIIT – Treino Intervalado de Alta intensidade

6- Treinamento virtual

7- Exercício é remédio

8- Treinamento com pesos livres

9- Programas de fitness para idosos

10- Personal Training

Oferecer aulas online, seja ao vivo ou gravadas, foi a alternativa que muitas academias recorreram para manter o relacionamento e seguir prestando serviços para seus alunos durante os períodos de fechamento determinados pelos órgãos públicos.

Ainda que o desafio das academias pequenas e médias competirem com as grandes redes e com os aplicativos cujo core business são as aulas virtuais não seja fácil – já que produzir vídeos com qualidade de som, imagem, iluminação, cenografia, etc., requer investimentos consideráveis – treinar com aquele professor que te dá aula na academia, tem o seu valor.

O desafio é seguir com a oferta de aulas online, combinadas às atividades presenciais. A experiência de uma boa aula coletiva, a variedade e qualidade dos equipamentos e acessórios, a orientação presencial de um profissional de educação física são fatores preponderantes para o retorno dos alunos às academias.

É o que dizem 94% dos entrevistados na pesquisa da IHRSA, que pretendem voltar a frequentar a academia quando for possível.

Para isso, precisamos seguir rigorosamente os protocolos sanitários, pelo tempo que for necessário. Ainda segundo a pesquisa da IHRSA:

  • 88% dos alunos que retornaram às academias confiam nos protocolos sanitários que estão sendo adotados pela academia;
  • Ao passo que 55% dos que não voltaram – e, portanto, os desconhecem – acreditam que os protocolos adotados pelas academias sejam seguros.

Estamos no caminho e precisamos mostrar tanto aos alunos que ainda não voltaram, quanto aos que ainda estamos perdendo para o sofá, que academia é sim seguro, e, mais do que isso, é essencial.

A UNESCO lançou em fevereiro de 2021 um material defendendo que a Educação Física de qualidade pode – e deve – ser uma ferramenta poderosa na proteção e recuperação dos jovens durante a pandemia do coronavírus.

“A Educação Física de qualidade é uma ação de baixo custo e alto impacto, que reduz os gastos com saúde e melhora o aprendizado e a resiliência dos jovens”, conta Gabriela Ramos, Diretora-Geral Assistente para Ciências Humanas e Sociais da UNESCO.

“A participação em Educação Física de qualidade pode reduzir a obesidade em 30%, aumentar os resultados acadêmicos em 40%, e colaborar para diminuição da depressão e ansiedade em até 30%, principalmente em meninas”, explica ela.

Sigamos firmes na nossa jornada e propósito de transformar a sociedade a partir da saúde e bem-estar. Ao final da tempestade nosso setor será muito mais forte.

Artigo produzido e revisado por Gustavo Almeida, da Fitness Brasil.

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